Os rins policísticos, ou doença policística renal adulta, são caracterizados pelo crescimento de múltiplos cistos nos rins. A doença tem origem genética e é autossômica dominante, ou seja, se um dos pais tem rins policísticos, a sua chance de ter os genes defeituosos também é de 50%. Porém alguns pacientes têm predisposição genética e ainda não assim não têm manifestações da doença.
A doença se divide em duas: 85% dos pacientes com rins policísticos têm uma mutação no gene chamado PKD1. Os outros 15% herdam a mutação no gene chamado PKD2. A mutação do PKD1 costuma provocar uma doença mais agressiva, com maior e mais rápido crescimento dos cistos nos rins. Este grupo costuma perder a função completa dos rins ao redor dos 55 anos de idade. Já a mutação no gene PKD2 é mais branda e de progressão mais lenta. Estes pacientes acabam só precisando de hemodiálise depois dos 70 anos de idade.
A doença pode levar décadas para se manifestar, e os cistos podem apresentar sintomas somente quando já estão bastante evoluídos. Os dois sintomas mais comuns dos rins policísticos são a dor lombar e sangramento na urina, mas que só aparecem em 50% dos casos.
Além disso, a enfermidade pode provocar hipertensão arterial, cálculo renal, perda de proteína na urina, insuficiência renal crônica, infecção urinária e aneurisma cerebral.
É importante destacar que a doença é diferente de possuir alguns cistos nos rins, problema comum após os 50 anos de idade, que não sugere sinal de doença e não costuma provocar nenhuma repercussão clínica, diferentemente da doença policística, que pode levar à lesão dos rins e insuficiência renal crônica.
Para manter a saúde dos rins em dia é fundamental ter as avaliações médicas em dia e sempre buscar acompanhamento em caso de sintomas inesperados. Procurar um especialista em caso de doenças familiares também pode ajudar a diagnosticar precocemente diversos problemas.
O câncer colorretal é o segundo tipo de câncer com mais incidência no mundo e a doença abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. Nos estágios iniciais pode ser tratado e curado. A doença ainda pode ser prevenida de diversas maneiras.
Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores do câncer colorretal seria a detecção e a remoção dos pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso, antes de eles se tornarem malignos.
Outras maneiras de evitar o surgimento da enfermidade é evitar a obesidade, mantendo uma dieta equilibrada e também sempre cultivar hábitos saudáveis como a prática regular de exercícios físicos. A ingestão de álcool, mesmo que em quantidades baixas, pode ser um fator de risco para a doença, por isso deve ser evitada. O fumo também pode ocasionar o câncer colorretal.
A dieta rica em fibras, composta de alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, grãos e sementes, com baixo consumo de carnes vermelhas e gordura, também pode auxiliar na prevenção da doença.
Uma das maneiras de identificar a doença é através da presença de sangue nas fezes, dor e cólicas abdominais frequentes com mais de 30 dias de duração. Alterações no ritmo intestinal, emagrecimento repentino, anemia, cansaço e fraqueza também são sinais de alerta.
A pressão alta, ou hipertensão arterial, é caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. Geralmente a doença vem acompanhada de fatores como obesidade e os sintomas podem passar despercebidos. Cerca de 30% da população brasileira sofre com a pressão alta e a enfermidade já é considerada uma das principais causas de morte no mundo.
É a pressão arterial que oferece a força necessária para que o sangue corra pelas artérias do corpo, portanto se a pressão estiver muito elevada, há risco de danos aos vasos sanguíneos e aos órgãos. Além disso, em caso de demora no tratamento, as chances de desenvolver outros problemas aumentam.
A hipertensão causa insuficiência cardíaca, já que aumenta a demanda sobre o coração e com o tempo o órgão cresce para compensar o trabalho e acaba enfraquecido. A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração enfraquecido não consegue bombear sangue suficiente para atender as necessidades da pressão arterial. A pressão alta é o maior preditor de insuficiência cardíaca.
A pressão alta também pode danificar as artérias que levam sangue e oxigênio para o músculo cardíaco. Se esses vasos se estreitarem e forem danificados, um coágulo de sangue pode se formar e levar a um ataque cardíaco.
O risco de um acidente vascular cerebral aumenta consideravelmente em pacientes com pressão alta. Um coágulo pode se formar e bloquear a artéria. Isto pode impedir o fluxo de sangue para o cérebro, causando um acidente vascular cerebral. A pressão alta também pode causar o rompimento das artérias no cérebro. Isto resulta em outro tipo de AVC, chamado de AVC hemorrágico.
A hipertensão também implica em danos aos rins, através dos danos nas artérias que suprem os rins e prejudicar a visão, pois pode danificar os vasos sanguíneos que alimentam os olhos. Os vasos sanguíneos podem estourar ou sangrar, causando visão embaçada e cegueira.
O bom funcionamento do sistema digestório reflete em todo o organismo e permite que o corpo desempenhe todas suas funções. O sistema digestório é constituído por um longo tubo, onde estão os outros órgãos e glândulas que fazem parte da digestão, são eles: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.
A apendicite está entre as doenças mais comuns do sistema digestório. A enfermidade acontece devido à inflamação do apêndice, órgão que fica preso no início do intestino grosso. Sintomas como náuseas, vômitos, febre, dor na parte inferior direita do abdômen, constipação, tremores, perda de apetite e diarreia podem ser sinais da inflamação, que necessita de atendimento urgente, já que seu rompimento pode levar ao óbito.
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Outra doença comum é o câncer de cólon, que é caracterizado pela formação de tumores que acometem o segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. Quanto mais cedo for seu diagnóstico, mais chances de cura a doença tem. Os sintomas surgem conforme a enfermidade evolui e incluem diarreia, sangramento nas fezes, cólicas, gases, fraqueza, fadiga, perda de peso, dores na região anal.
A inflamação do pâncreas, também conhecida como pancreatite, pode ser aguda, crônica, um pseudocisto pancreático ou um abscesso pancreático. Pele fria e úmida, dor abdominal, febre, fezes gordurosas, sudorese, icterícia leve, vômitos, fraqueza e perda de peso podem ser sinais de que a doença está presente.
Já a úlcera péptica se trata da erosão de um dos revestimentos do estômago ou do duodeno. Uma das causas mais comuns dessa enfermidade é a aglomeração da bactéria Helicobacter pylori (H.pylori). Sensação de vazio, dor abdominal, fome sem explicação, náuseas, sensação de inchaço e desconforto durante a noite podem ser sinais de alerta para a enfermidade.
Ainda entre as enfermidades comuns do sistema digestório está a prisão de ventre, que é caracterizada pelo aparecimento de fezes duras, dificuldades para evacuar e a diminuição da realização desse processo semanalmente (acontecendo menos de 3 vezes). Os principais fatores que ocasionam o distúrbio são o sedentarismo, o pouco consumo de fibras e água, demora para ir ao banheiro quando sente vontade, estresse, viagens, gravidez e outros.
O consumo excessivo de álcool pode levar à esteatose hepática, também conhecida como fígado gorduroso ou fígado gordo. O problema ocorre quando o percentual de gordura presente no órgão é superior a 10% e o acúmulo passa a aumentar.
O principal fator que leva à doença é o abuso de álcool, mas pode ser causada também por outros fatores. A doença pode ser dividida em esteatose leve (grau 1), que não causa sintomas ou complicações, e mais agudo, quando é considerado como esteato-hepatite ou hepatite gordurosa. A esteato-hepatite é um quadro bem mais preocupante que a esteatose, já que cerca de 20% dos pacientes evoluem para cirrose hepática.
Fatores de risco
Além do consumo em excesso de álcool, a obesidade também está relacionada à doença e quanto maior o sobrepeso, maior o risco de adquirir o problema. Assim como a obesidade, o diabetes tipo 2 e a resistência à insulina também estão intimamente relacionados ao acúmulo de gordura no fígado. Colesterol elevado e uso contínuo de medicações também são fatores de risco. Desnutrição rápida e procedimentos cirúrgicos também podem levar à esteatose hepática.
Sintomas
A esteatose hepática não causa sintomas. Normalmente, o diagnóstico é feito acidentalmente através de exames de imagem, como ultrassonografias ou tomografias computadorizadas solicitadas por outros motivos. Já quando a doença atinge o grau 2 ou 3, podem surgir sintomas como cansaço excessivo, desconforto abdominal do lado direito, mal-estar geral, dor de cabeça, náuseas, vômitos e diarreia.
Para o tratamento, é necessário identificar a causa do problema e tratar também. Em geral, uma dieta equilibrada, realizar exercícios físicos regulares e manter os níveis de colesterol controlados são indicados aos pacientes, além de um tratamento específico indicado pelo médico.
Chegar à terceira idade com saúde física e emocional é resultado de uma série de cuidados ao longo da vida. Alimentação balanceada, exercícios físicos e bons hábitos fazem parte da lista de medidas que ajudam a ter uma vida longa e saudável. Mas as ações para manter a saúde podem e devem ser implementadas também na terceira idade.
Atividades físicas
Atividades aeróbicas, como caminhadas, são ideais para a prática na terceira idade, já que são leves e ajudam a fortalecer a musculatura. Além de incluir hábitos saudáveis, os exercícios ajudam a manter a força muscular, o que evita as quedas, por exemplo.
A frequência e a intensidade variam conforme a idade e a disposição física de cada um e devem ser indicadas por um preparador físico e também pelo médico. Até os 60 anos o ideal é que a pessoa caminhe pelo menos 40 minutos por dia e faça semanalmente atividades que fortaleçam os músculos. Conforme a idade aumenta, a intensidade e frequência devem diminuir, mas até mesmo idosos com idades entre 90 e 100 anos podem praticar algum tipo de atividade.
Atividade mental
Estar em contato com a família, manter o convívio social e praticar atividades que exijam a capacidade mental podem ser boas maneiras de manter uma vida saudável na terceira idade. Esse tipo de cuidado pode afastar doenças como a depressão. Para evitar o envelhecimento acompanhado de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e mal de Parkinson, especialistas indicam exercícios mentais, como leitura, jogos de palavra cruzada, música.
Alimentação
Quanto menor a quantidade de gorduras, mais saudável é a dieta. O consumo de peixe, frutas, verduras, legumes e cereais, e a diminuição do consumo de carnes vermelhas e laticínios, evita os quilos extras que vêm com o envelhecimento e reduz os riscos de doenças cardiovasculares.
Além disso, evitar o fumo e o álcool na terceira idade prolongam a expectativa de vida e o bem-estar do idoso. Preocupações e instabilidade emocional também são prejudiciais à saúde e devem ser controlados.
Manter uma dieta rica em cálcio é muito importante. Com as doses diárias de cálcio é possível ter dentes e ossos saudáveis, assim como melhorar a contração muscular, ritmo cardíaco e diminuir a irritação. Os benefícios para as crianças são ainda maiores, já que estão em fase de crescimento e o cálcio beneficia amplamente os ossos. Porém, muitas pessoas encontram dificuldade em consumi-lo sem ingerir alimentos com lactose, mas essa situação pode ser resolvida com o consumo de alguns alimentos.
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O consumo indicado durante o dia é de cerca de 1.300 mg de cálcio por dia entre os 9 e os 18 anos, devido ao crescimento e desenvolvimento dos ossos, enquanto na idade adulta a dose aconselhada é de 1.000 mg por dia, o que para vegetarianos restritos, como os vegans, é muito mais difícil de alcançar, devido a combinações com alimentos de origem animal.
Mas não é somente em alimentos como queijo, leite e iogurte que podemos obter cálcio. Para quem tem intolerância à lactose, ou simplesmente não quer consumir derivados lácteos, as opções são variadas.
Alimentos com cálcio e sem lactose
Para substituir o leite de vaca, o leite de soja, leite de amêndoas e leite de coco oferecem alternativas sem lactose ao contam com cálcio, vitamina D e outros nutrientes. Também existem vegetais ricos em cálcio, como o brócolis, espinafre, couve e alface. Além disso, o feijão tem excelentes níveis de cálcio e ferro, complementando a alimentação. O tofu também pode ajudar com cálcio e outros nutrientes saudáveis e não contém nenhum tipo de derivado animal.
Ainda há a alternativa de consumir peixes, para aqueles não têm dieta restrita. Além de fornecerem uma fonte saudável de gordura e proteína, peixes como sardinha, salmão e truta são ricos em cálcio. A aveia e os cereais matinais fortificados com cálcio também podem auxiliar na reposição.
O principal objetivo do exame de colonoscopia é permitir que o médico possa olhar diretamente para dentro do cólon (intestino grosso) e identificar possíveis problemas, tais como o câncer de intestino, inflamações na parede intestinal, além de verrugas – os pólipos -, que podem ser pré-cancerosas, e tumores.
O exame é altamente indicado para pessoas com idades acima de 50 anos e para pessoas acima de 30 anos com histórico de câncer na família. Outros casos, como fezes com sangue ou dor contínua no lado esquerdo podem ser sinais de que é necessário realizar uma colonoscopia. Se durante o exame o médico não detectar nenhum tipo de problema, o procedimento deve ser repetido após 5 ou 10 anos.
Realização do exame
Inicialmente o paciente estará sedado e deitado, então o médico introduzirá um tubo de 1 metro de comprimento pelo ânus. Enquanto percorre as cinco primeiras curvas do cólon, uma minicâmera na ponteira transmite as imagens, aumentadas até 150 vezes, para a tela de um computador.
Em seguida, se o médico notar alterações na mucosa, como uma inflamação, ativa uma pinça que retira um fragmento da lesão para biópsia. Mas, ao esbarrar em lesões malignas, o próprio colonoscópio pode retirá-las de maneira segura. Tudo isso costuma durar cerca de 20 minutos.
O médico pode solicitar outros exames complementares como hemograma e análise de fezes para determinar e diagnosticar alguma doença. O resultado da avaliação do material da colonoscopia costuma demorar alguns dias para ser liberado.
Se durante o exame o médico houver retirado um ou mais pólipos, é possível que ele indique uma dieta especial para os próximos dias. Nos casos em que houve retirada de pólipos ou biópsia de lesões suspeitas, uma pequena quantidade de sangue nas primeiras fezes após o exame é normal.
O pâncreas é uma glândula imprescindível e que é encarregada de secretar alguns sucos produzidos pelo organismo, permitindo a digestão correta dos alimentos. Assim, é importante saber como cuidar do órgão e manter seu funcionamento em dia. Confira dicas para cuidar e proteger seu pâncreas.
Alimentos vegetais
O consumo de vegetais como brócolis, couve-flor e repolho é benéfico para o pâncreas, protegendo o órgão de tumores. O ideal é preparar os vegetais no vapor e consumi-los duas vezes por semana.
Fumo
Entre os inúmeros malefícios do cigarro, os danos ao pâncreas podem ser muito elevados. O fumo pode ser responsável por tumores e pelo desenvolvimento de câncer no órgão, além de ser extremamente prejudicial à saúde como um todo.
Alimentação balanceada
Para proteger o pâncreas é necessário evitar alimentos processados, frituras, farinhas refinadas, açúcares e refrigerantes. Estes alimentos contam com altas doses de gordura saturada, que é prejudicial ao órgão.
Desintoxicação
O pâncreas está encarregado de sintetizar uma série de enzimas essenciais que ajudam no processo de digestão dos alimentos. Por isso, quando não funciona bem, todo sistema digestivo é prejudicado, assim como pode gerar desequilíbrio hormonal, ocasionando, por exemplo, diabetes. Para evitar sobrecarga no órgão, o ideal é desintoxicar.
O processo consiste em consumir muita água e manter uma dieta rica em antioxidantes, ou seja, abundante em frutas como laranja, kiwi, manga, morango. Além disso, sucos que incluem verduras como a couve podem ajudar nessa desintoxicação.
Um desequilíbrio na flora intestinal pode provocar desconforto, mal estar e diversos sintomas incômodos. Alimentos gordurosos, de procedência duvidosa ou pesados podem provocar problemas na flora intestinal. Mas com alguns cuidados simples é possível evitar disfunções e suas consequências.
Causas
Desequilíbrios na flora intestinal ocasionam um fenômeno chamado de Disbiose, que significa que há predomínio de micro-organismos maléficos sobre os benéficos no órgão. Entre as possíveis causas estão uma alimentação desbalanceada e rica em carboidratos refinados, açúcares, gorduras saturadas e baixa ingestão de fibras; ingestão excessiva de agrotóxicos; automedicação e uso elevado de antibióticos, anti-inflamatórios, antiácidos e uso abusivo do álcool e do cigarro.
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