Paciente do sexo masculino, 65 anos, relata engasgo enquanto espalitava os dentes, seguido de dor epigástrica de intensidade progressiva ao longo de 3 dias, quando procurou assistência médica.
Durante a endoscopia digestiva alta foi observado um corpo estranho (fragmento de palito de dente) cravado na mucosa da região pré-pilórica, que foi removido com o auxílio de uma alça de polipectomia e cap plástico.
Paciente do sexo masculino, 23 anos, com história pregressa de asma e atopia, relata história de disfagia lentamente progressiva, para pastosos, há cerca de 1 ano.
Durante a endoscopia digestiva alta, no esôfago médio e proximal, foi observada a presença de sulcos longitudinais, mais evidentes sob cromoscopia digital, e múltiplos anéis concêntricos, conferindo o aspecto de “traqueização”.
O estudo histológico das biópsias da mucosa do esôfago médio e proximal mostraram >30 eosinófilos por campo de grande aumento (Eos-CGA), enquanto que as biópsias da mucosa do esôfago distal mostraram <15 Eos-CGA, compatível com esofagite eosinofílica.
O paciente foi tratado com corticoide tópico por 12 semanas, apresentando melhora consistente do quadro de disfagia.
Paciente do sexo masculino, 58 anos, diabético insulino-dependente, história prévia de tratamento radioterápico de neoplasia de próstata, coronariopata grave, clinicamente manifesto por angina aos médios esforços, foi anti-coagulado para, eletivamente, realizar um cateterismo cardíaco e o tratamento de três áreas de estenose coronariana com a colocação de stents.
Poucos dias antes do procedimento hemodinâmico, evoluiu com sangramento retal, vivo e volumoso, que impediu a realização do mesmo.
Na colonoscopia, foram observados sinais de retite actínica, com várias angiodisplasias pequenas, algumas dessas com sangramento ativo no momento do exame.
A coagulação com plasma de argônio foi realizada com sucesso, o paciente foi submetido ao procedimento hemodinâmico 1 semana após, apresentando boa evolução, sem novos sangramentos na consulta de controle.
Paciente do sexo masculino, 79 anos, com história pregressa de tratamento radioterápico para neoplasia de próstata.
Há 10 dias iniciou com sangramento anal, vivo e persistente, inicialmente associado à evacuação, mas que se tornou presente mesmo no intervalo entre evacuações, evoluindo com anemia clinicamente sintomática.
Na colonoscopia, a mucosa do reto apresentava hiperemia, edema, friabilidade aumentada e múltiplas angiodisplasias, algumas com sangramento ativo no momento do exame, sendo realizada a coagulação das lesões sangrantes com plasma de argônio.
Evoluiu com redução quase completa do sangramento retal, sendo submetido, duas semanas após o procedimento inicial, a nova sessão de coagulação com plasma de argônio para tratamento dos vasos angiodisplásicos remanescentes.
O controle clínico foi realizado 45 dias após a segunda sessão com plasma de argônio, não tendo sido relatada à ocorrência de novos sangramentos.
Paciente do sexo feminino, com história de longa data de constipação idiopática e uso crônico de laxantes antracênicos.
Durante exame preventivo de colonoscopia, realizado há cerca de 1 ano, foi detectado um pólipo séssil, medindo 1,5 cm no seu maior eixo, que foi ressecado pela técnica da mucosectomia.
Repetiu a colonoscopia, sendo digno de nota o aspecto inusitado da cicatriz pálida e estrelada da mucosectomia prévia sobre a mucosa colônica intensamente pigmentada.