Para muitas pessoas, o consumo de leite de vaca é sinônimo de problemas de saúde. Isso acontece porque o corpo interpreta a proteína presente no alimento como algo “estranho”, dando origem a uma resposta imunológica. A alergia a proteína do leite de vaca (APLV) pode surgir até mesmo nos bebês e atingir também os adultos. Em geral ela tende a melhorar espontaneamente (ou seja, entrar em remissão) em 45 a 50% dos casos até o primeiro ano de idade e em 85% dos casos até três anos de idade.
Entre os sintomas da alergia, que aparecem imediatamente após a ingestão do leite, ou seja, no máximo até 2 horas da ingestão do mesmo, podem envolver a pele, o aparelho gastrointestinal e o sistema respiratório.
Na pele, os sintomas envolvem urticária, com presença de placas avermelhadas na pele e com coceira intensa. Também como angioedema: inchaço na pele resultante de edema da camada profunda da derme ou da submucosa e aparece no rosto, pescoço, extremidades e genitália.
Os sintomas digestivos envolvem dor abdominal; náuseas; vômitos; diarréia; recusa alimentar e síndrome da alergia oral, que é restrita a orofaringe, desencadeando coceira, inchaço e sensação de queimação nos lábios, língua, palato e garganta, acontece após o contato do leite de vaca com a mucosa oral).
Os sintomas respiratórios isoladamente são raros. Por vezes vêm acompanhados de sintomas cutâneos ou gastrintestinais. Podem manifestar-se com coriza, coceira nasal, espirros e entupimento nasal, vermelhidão e coceira nos olhos, tosse, falta de ar, chiado no peito e edema de laringe. As manifestações mais graves podem fazer parte de um quadro de anafilaxia.
O tratamento é feito a partir da exclusão do leite de vaca da dieta. É necessário substituí-lo por outro produto, que de acordo com a orientação do especialista, poderá ser proteína isolada de soja, fórmula extensamente hidrolisada ou fórmula de aminoácidos.